Foi na escola onde tudo começou, sempre procurei por espaço nas escolas por onde passava, para poder conhecer o fazer teatral, mas por conta da falta de incentivo nas escolas públicas, esse querer foi ficando um pouco de lado e quando dei por conta, tinha esquecido quase que por inteiro o teatro que tanto gostava. Em 2005, assistir ao meu primeiro espetáculo “As prosopopeias de Cassimiro Coco , ao fim do espetáculo estava encantado pela magia que tinha tocado o meu coração. Nesse dia percebi que era isso que eu queria fazer, era isso que eu queria pra minha vida... Sempre fui muito sonhador, mas tinha sonho muito alto, e nunca mim imaginei entrar em um grupo de teatro e fazer apresentações para mais de mil pessoas... Em 2006, por falta de teatro na minha escola, resolvi junto com alguns amigos, entrar para o vôlei, foi onde eu passei três anos treinando, mas eu sabia que não era aquilo que eu queria, não era em quadra jogando que eu queria estar, mas mesmo fazendo o que eu não queria, nunca abandonei o teatro. No ensino médio, participava das gincanas culturais onde sempre fazia questão de está participando das apresentações artísticas, teatro e dança. Em cada apresentação, o pulsar do coração era sentido no corpo por completo, pois sabia que estava fazendo o que realmente gostava, de ser ator.
Por ironia do destino, em novembro de 2008, em uma prova esportiva da gincana, sofri um acidente, que mudaria toda a minha trajetória... Não podendo mais treinar vôlei, não sabia mas o que fazer. Nunca gostei de ficar parado, sem fazer nada, estava perdido. No começo de 2009, a Cia. Camarim de Teatro traz pra Maranguape um projeto onde todos os fins de semana aconteciam apresentações no Teatro Municipal Pedro Gomes de Matos, sempre ia a todos, foi onde comecei minha amizade com o diretor Davidson Caldas, que mim fizera o convite para assistir e a participar da oficina do grupo principal... Dia 28/02/2009, dia marcante para minha vida, dia que entrei para Cia. Camarim de teatro. Ainda muito tímido, não sabia muito bem o que ali fazia... Os jogos teatrais eram sem duvidas no mínimo esquisitos, já que nunca tinha ouvido falar do jogo teatral, era o inicio de uma história.
Vergonha nunca fez parte do meu dicionário, sempre mim jogava por inteiro nos jogos e buscava sempre tirar todas as minhas duvidas, e com muita humildade os atores mais experiente, sempre com paciência, mim explicavam, e assim, fui seguindo em frente na busca do conhecimento. No mesmo ano que entrei, fiz minha estréia no mesmo espetáculo que um dia mim encantou, e pra ficar mais inacreditável com tudo que estava acontecendo, minha estréia aconteceu no palco principal do Dragão do Mar... Já acostumado com a rotina de ensaios e sempre mim dedicando entrei também para o elenco do “Livrolândia: O Reino da Leitura”, onde comecei fazendo o Padre, passei pelo Doutor Sabidão e hoje Faço o Bobo da Corte. No espetáculo “Os Palhaços e as Histórias de Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho”, comecei fazendo a contra-regragem dos atores, trocando suas roupas e cuidando dos seus adereços, e agora faço o personagem que um dia tanto ajudei, Abacate, um dos protagonista da história. Em “Os Brinquedos no Reino da Gramática” Faço o Porquinho Vocabulário, meu primeiro personagem, com ele trago a experiência e dedicação de todos esses anos. Além do teatro, também faço dança, onde participo de um Corpo coreográfico como Collor Guard.
A arte sempre esteve presente na minha vida. Não consigo mim imaginar longe dos palco, longe dos aplausos. Aprendi muita coisa, mas sei que ainda tenho muito que aprender. Agradeço sempre a Davidson Caldas pela oportunidade que mim deu. Obrigado por tudo. Obrigado a Cia. Camarim de Teatro por cada momento vivido e de afeto trocado!
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