quinta-feira, 5 de julho de 2012

Teatro do absurdo

Teatro do absurdo foi um termo criado pelo crítico austríaco Martin Esslin, tentando colocar sob o mesmo conceito obras de dramaturgos completamente diferentes, mas que tinham como centro de sua obra o tratamento de forma inusitada da realidade. É uma designação de peças escritas por alguns dramaturgos europeus principalmente no final dos anos 1940, 1950, e 1960, bem como do estilo de teatro que tem evoluído a partir de seu trabalho. É uma forma do teatro moderno que utiliza, para a criação do enredo, das personagens e do diálogo, elementos chocantes do ilógico, com o objetivo de reproduzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos o homem e sociedade. O inaugurador desta tendência teria sido Alfred Jarry (Ubu Rei 1896).

A expressão foi cunhada por Martin Esslin, que fizera dela o título de um livro sobre o tema, publicado pela primeira vez em 1961 e posteriormente revisto em duas edições. A terceira e última edição foi publicada em 2004,com um novo prefácio do autor no opúsculo. Na primeira edição de "O Teatro do Absurdo", Esslin viu o trabalho desses dramaturgos relacionado pelo amplo tema do absurdo, empregando "Teatro do Absurdo" de maneira similar à que Albert Camus utilizava o termo. As peças dariam a articulação artística da "filosofia" de que a vida é intrinsecamente sem significado, como ilustrado em sua obra "O Mito de Sísifo". Embora o termo seja aplicado a uma vasta gama de peças de teatro, algumas características coincidem em muitas das peças: uma ampla comédia, muitas vezes semelhante aoVaudeville, misturada com imagens horríveis ou trágicas; personagens presas em situações sem solução, forçados a executar ações repetitivas ou sem sentido; diálogos cheios de clichês, jogo de palavras, e nonsense; enredos que são cíclicos ou absurdamente expansivos; paródia ou desligamento da realidade e o conceito de well-made play ('peça bem-feita). Na primeira edição (1961), Esslin apresentou os quatro dramaturgos que definiriam o movimento como sendo Samuel Beckett, Arthur Adamov, Eugène Ionesco, e Jean Genet, e em posteriores edições, acrescentou um quinto dramaturgo, Harold Pinter, embora cada um desses escritores tivesse preocupações e técnicas únicas, que vão além do termo "absurdo". Outros escritores que Esslin associava a esse grupo incluem Tom Stoppard, Friedrich Dürrenmatt, Fernando Arrabal, Edward Albee, e Jean Tardieu.

Os seus representantes mais importantes são, além dos já citados, Ionesco, Georges Schehadé, Antonin Artaud e Jacques Audiberti, na França, Günther Grass e Wolfgang Hildesheimer, na Alemanha.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

FIT 2012 - Festival celebra 12 anos com 39 espetáculos


O Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto chega a sua 12ª edição exibindo 39 espetáculos, entre os dias 4 e 14 de julho. Um dos mais tradicionais festivais de artes cênicas do país, o FIT abre espaço para dez montagens internacionais, de países como Alemanha, Argentina, Estados Unidos, Itália, Irã, Polônia e Sérvia. As produções nacionais estão dividas entre oito espetáculos adultos, cinco infantis, seis de rua e dez produções locais, reunindo profissionais de Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo.

Entre os destaques internacionais, estão montagens do Workcenter de Jerzy Grotowski e Thomas Richards, de Pontedera, na Itália: “Eletric Party Songs”, “I am America” e “The Living Room”. Entre as principais produções nacionais, o grupo mineiro Galpão abre o festival pela primeira vez, com o espetáculo “Romeu e Julieta”, apresentada recentemente pela segunda vez no Globe Shakespeare Theatre, em Londres.

A programação do FIT mantém a força que possibilita referência estética e conceitual para a classe artística e desenvolvimento cultural para toda a comunidade. Os grupos foram selecionados visando garantir mais uma edição que coloque a cidade como pólo de teatro no mês de julho para todo o país”, destaca Sebastião Martins, coordenador geral do FIT.

Veja a lista completa de espetáculos do FIT 2012

Espetáculos Internacionais
  • “Brecht - The Hardcore Machine”, de Kosztolányi Dezső Theatre (Sérvia)
  •  “Eletric Party Songs”, de Open Program of the Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards (Itália)
  •  “I am America”, de Open Program of the Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards (Itália)
  •  “The Living Room”, de Focused Research Team in Art as Vehicle of the Workcenter of Jerzy Grotowski an Thomas Richards (Itália)
  •  “Macbeth”, de Teatr Biuro Podrózy (Polônia)
  •  “Mi Vida Despues”, da Companhia Lola Arias (Argentina)
  •  “Otra Frecuencia - Audio-performance de a dos ”, de BiNeural MonoKultur (Alemanha / Argentina)
  •  “La Pocha Remix: Ações psico-magia para o mundo que deu errado”, de La Pocha Nostra (EUA)
  •  “U m z i e h e n”, de Nathalie Fari do Atelier Obra Viva (Alemanha)
  •  “White Rabbit, Red Rabbit”, de Nassin Soleimanpour (Irã)

Espetáculos Nacionais Adulto
  • “Deus é um DJ”, de Marcelo Rubens Paiva (RJ)
  •  “Cidade Fim - Cidade Coro - Cidade Reverso”, do Teatro de Narradores (SP)
  •  “Rasif – Mar que Arrebenta”, do Coletivo Angu de Teatro (PE)
  •  “Ato de Comunhão”, de GPS Produções Artística Ltda. (RJ)
  •  “Ninguém Falou que Seria Fácil”, de Foguetes Maravilha (RJ)
  •  “Breu”, de Breu (RJ)
  •  “Limpe Todo o Sangue Antes que Manche o Carpete”, da Cia. Dos Inquietos (SP)
  •  “Ridículos, Ainda e Sempre!”, do Grupo Parlapatões (SP)
  •  “Orfeu Mestiço – Uma hip-hópera brasileira”, do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (SP)

Espetáculos Infantis
  •  “As Três Mulheres Sabidas”, da Cia. Dedo de Prosa (SP)
  •  “Histórias por Telefone”, da Cia. Delas de Teatro (SP)
  •  “Anjo de Papel”, da Cia. Fios de Sombra (SP)
  •  “O Maior Menor Espetáculo da Terra”, do Centro Teatral e Etc e Tal (RJ)

Espetáculos de Rua
  •  “Flor de Macambira”, do Grupo Ser Tão Teatro (PB)
  •  “(Ver[]Ter)”, da Cia. Les Commediens Tropicales (SP)
  •  “Domdeandar”, da Cia. Teatral ManiCômicos (MG)
  •  “A Pereira da Tia Miséria”, do Núcleo Ás de Paus (PR)
  •  “Série Precários: Ações Rio-pretenses”, de Eleonora Fabião (RJ)

Espetáculos Locais
  •  “Circo Lando – O Maior Espetáculo da Terra”, da Cia. Fábrica de Sonhos
  •  “A Cor Silva”, da Cia. Cênica
  •  “...”, da Cia. Dos Pés
  •  “Morte e Vida Severina”, do Grupo de Pesquisa Teatral Sala 50
  •  “Modulo 1 de Etiqueta pa pa pa”, da Cia. Com-tato
  •  “Kabukiza”, da King Company
  •  “O Sol que Nasce Seu”, da Cia. Balé de Rio Preto
  •  “Palmas a Palmares”, da Cia. da Boca
  •  “Território Banal”, da Companhia Azul Celeste
  •  “A Menina que não Sonhava”, de Alex D´arc Produções – Núcleo de Artes Cênicas

Saiba mais sobre a programação no site do FIT 2012 (http://www.festivalriopreto.com.br/2012)

Marina Valentim - Eu e o Teatro


Marina Valentim

Hello meu Brasil, meu nome é Marina e quero contar um pouco da minha trajetória no mundo do teatro e o porquê de amá-lo tanto. Tenho 19 quase 20 anos, estudo letras na UFC (Universidade Federal do Ceará), adoro ler e desde pequena nunca gostei de ser a mesma pessoa. Quando assistia a um filme de bruxo eu queria ser uma bruxa, se assistia a um filme de espiões eu queria ser uma espiã. Ser e fazer várias coisas diferentes, era isso que eu queria. E aonde eu poderia fazer isso tudo se não no teatro, e meio que de brinde ainda ter de satisfação os sorrisos das crianças que vão assisti.

 Há mais de um ano faço parte da Cia. Camarim de Teatro onde faço parte do elenco do espetáculo “Os Brinquedos no Reino da Gramática” sou a ilustre arvore do Não. Mas minhas raízes se estendem em muito mais do que isso, já fui a Rita, em A Cartomante de Machado de Assim, onde eu traia meu marido com seu melhor amigo. Já dirigi e protagonizei os “Os Saltimbancos” no qual era a galinha. Tem a Sancha, esposa de Escobar, de Dom Casmurro. Já fui uma vilã chamada Geni, uma adaptação feita com as músicas de Chico Buarte. Já fui também uma boneca, bailarina, e pretendo ainda ser várias outras personagens.

Por Marina Valentim

Anúncio Oficial do II Festival de Teatro de Horizonte

CRIAÇÃO: Organização do Festival

segunda-feira, 2 de julho de 2012

TEATRO NA ESCOLA


"A arte é necessária, é uma linguagem que mostra o que há de mais natural no homem; através da qual é possível verificar, até mesmo, que o homem pré-histórico e o pós-moderno não estão distantes um do outro quanto o tempo nos leva a imaginar. A arte é baseada numa noção intuitiva que forma nossa consciência. Não precisa de um tradutor, de um intérprete. Isso é muito diferente das línguas faladas,
porque você não entenderia o italiano falado há quinhentos anos, mas uma obra renascentista não precisa de tradutor. Ela se transmite diretamente. E essa capacidade da arte de ser uma linguagem da humanidade é uma coisa extraordinária"
(OSTROWER, 1983).

O homem sempre teve a necessidade de representar. Representar suas tristezas, angústias, alegrias, etc. Seja inicialmente para cultuar deuses e posteriormente uma atividade dramática cultural encenada por muitos povos, o fato é que a partir de então o teatro faz parte da nossa cultura e na maioria das vezes, o primeiro contato que temos com o teatro é através da escola, de maneira simples e tímida.

O fazer teatral permite ao professor abusar da sua criatividade com seus alunos, mostrando e buscando seus talentos através de suas esquetes apresentadas, muitas vezes, na própria escola. Com toda dificuldade de uma montagem escolar e praticamente sem nenhum apoio, o teatro de escola nos proporcionam grandes emoções e revelações de artistas escondidos querendo uma oportunidade de expressar a sua arte.

A emoção de estar pela primeira vez no palco apresentando-se para amigos de sala é inesquecível, o coração bate mais forte, as mãos começam a suar, o nosso corpo começa a tremer do pé a cabeça, temos a sensação de que esquecemos o texto, os olhos começam a brilhar e o medo de errar fica cada vez mais forte, até que, as cortinas se abrem e tudo que estávamos sentindo antes passa, e o que fica, é o brilho no olhar de estar se apresentando pela primeira vez e dando o seu melhor. Com tudo isso, aprendemos a ter responsabilidades, compromisso e respeito, o comportamento é melhorado a vontade de continuar fica mais evidente.

Trabalhar com o teatro na escola, não é apenas fazer os alunos assistirem as peças, mas representá-las, inclui uma série de vantagens obtidas: o aluno aprende a improvisar, desenvolve a oralidade, a expressão corporal, a impostação de voz, aprende a se entrosar com as pessoas, desenvolve o vocabulário, trabalha o lado emocional, desenvolve as habilidades para as artes plásticas (pintura corporal, confecção de figurino e montagem de cenário), oportuniza a pesquisa, desenvolve a redação, trabalha a cidadania, religiosidade, ética, sentimentos, interdisciplinaridade, incentiva a leitura, propicia o contato com obras clássicas, fábulas, reportagens; ajuda os alunos a se desinibirem-se e adquirirem autoconfiança, desenvolve habilidades adormecidas, estimula a imaginação e a organização do pensamento. Enfim, são incontáveis as vantagens em se trabalhar o teatro na escola.

Felizmente o Teatro na Escola tem sido difundido entre crianças e adolescentes por muitos professores visionários; professores estes que sabem que o teatro é uma das formas mais inteligentes de fazer com que a criança e o adolescente assimile bem um tema.


Por: Pristley Pereira