Desde muito pequeno sempre tive um contato e uma fascinação pelo mundo das artes e do espetáculo cênico. Como tantas outras crianças, tive a oportunidade de apreciar com um olhar amador e apaixonado diversas manifestações dramáticas, que oscilavam do circo, passavam pela dança e culminavam no teatro. Eram apresentações de dramas populares e espetáculos circenses que sempre ficavam seu mastro em um terreno perto da minha casa, as participações em festinhas e festivais organizados pela escola, o teatro de fantoche que a professora com muito esforço apresentava em sala de aula. Enfim era um mundo de fantasia e de sonhos que saltavam a frente dos meus olhos e a todo instante instigava meu pensamento através das diversas situações e personagens apresentados nessas ocasiões. A grande admiração e apreço por esse tipo de manifestação cênica conduziram-me por um caminho artístico que se manifesta até hoje nas escolhas de vida e nos projetos que trabalho. De forma muito amadora passei a infância e a adolescência praticando este ofício de maneira empírica e perspicaz, uma arte que engendra um mundo de possibilidades enquanto forma e que sempre de algum modo trabalha a educação em sua essência que é fantasiosa e lúdica. Pois bem, por volta dos doze anos de idade por intermédio da escola no qual eu estudava, tive a felicidade de assistir a uma apresentação teatral em minha cidade, despertando mais ainda minha admiração por esta arte tão bonita, a partir dali, insisti para que meu pai inscrevesse meu nome num curso de teatro, ministrado pelo núcleo de produção e difusão cultural da prefeitura de Maranguape, e assim foi realizado o meu pedido. Lá estava eu com toda empolgação para iniciar um curso onde o estudo seria a base para o entendimento e prática de uma arte que até então se fazia de modo muito ingênua em minhas participações na escola e comunidade. Os conhecimentos obtidos durante este curso que durou um ano, foi decisivo para que eu fosse aos poucos compreendendo que o teatro trabalha a coletividade e sua principal função não era apenas de entreter, mas o de despertar nas pessoas uma consciência reflexiva e uma identificação com os mais diversos personagens que iam sendo trabalhados durante o momento dos ensaios e apresentações. O tempo foi passando, meu interesse aumentando, os cursos técnicos foram surgindo, e eu lá, pelejando o aprendizado no teatro, passei pelo CAD (Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará), fiz uma formação como intérprete e Diretor no CDT (Colégio de Direção Teatral do instituto Dragão do Mar de Arte e Indústria Audiovisual do Ceará) e logo mais conclui uma graduação em Pedagogia na Universidade Estadual do Ceará. A necessidade e a fome por mais conhecimentos me fez ingressar em dois cursos de pós-graduação: METODOLOGIAS DO ENSINO DE ARTES (UECE) e outra em ARTE EDUCAÇÃO E CULTURA POPULAR (Faculdade de Tecnologia Darcy Ribeiro). Hoje esta fome ainda não passou e ainda me sinto faminto pelo conhecimento na área na qual dedico meu tempo e meu carinho; estou no 4° semestre do curso superior de Artes Cênicas (licenciatura em Teatro) no IFCE.
O tempo passa...
Olha para trás e percebo o caminho percorrido!
Sinto mais vontade de aprender...
Eis um pouco da minha história...
Aguardem... Ainda vou inserir um bom texto falando da CIA CAMARIM DE TEATRO... Que a meu ver... Merece algumas páginas...
Davidson Caldas
Diretor da CIA CAMARIM DE TEATRO
E Arte – Educador
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